Cinesiofobia está associada ao baixo retorno ao esporte em pacientes que passaram por reparo artroscópico do manguito rotador.

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Cinesiofobia está associada ao baixo retorno ao esporte em pacientes que passaram por reparo artroscópico do manguito rotador.

O artigo “Kinesiophobia Is Associated With Lower Return-to-Play Rates After Arthroscopic Rotator Cuff Repair”, publicado em 2025 no Orthopaedic Journal of Sports Medicine por Matthew O’Brien e colaboradores, investigou como o medo de se mover ou se machucar novamente — chamado cinesiofobia — influencia o retorno ao esporte em pacientes que passaram por reparo artroscópico do manguito rotador.

O manguito rotador é um conjunto de músculos e tendões essenciais para a estabilidade e movimentação do ombro, frequentemente lesionado em esportistas e pessoas que realizam atividades repetitivas acima da cabeça. Após a cirurgia, a reabilitação busca restaurar a força e a mobilidade, mas o componente psicológico muitas vezes é subestimado. Segundo o estudo, a cinesiofobia pode ser um dos principais fatores que dificultam a recuperação funcional completa e o retorno às atividades esportivas.

A pesquisa acompanhou 136 pacientes submetidos à cirurgia, avaliando o nível de cinesiofobia por meio do Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK-11) — um questionário amplamente utilizado para medir o medo de movimento. Os participantes também foram avaliados quanto à função do ombro, força, amplitude de movimento e taxa de retorno ao esporte.

Os resultados mostraram que pacientes com altos níveis de cinesiofobia apresentaram taxas significativamente menores de retorno às atividades esportivas, mesmo após boa recuperação física e cicatrização adequada do tendão. Em média, apenas 49% dos indivíduos com cinesiofobia elevada voltaram ao esporte, enquanto 81% daqueles com baixos níveis de medo retomaram suas atividades. Além disso, o grupo com mais medo relatou menor satisfação com o tratamento e pior percepção subjetiva de função.

Outro dado importante é que a cinesiofobia não está necessariamente relacionada à dor. Ou seja, muitos pacientes fisicamente prontos para retornar ainda sentem insegurança, medo de nova lesão e falta de confiança no ombro operado — fatores que interferem diretamente na performance e na adesão ao processo de reabilitação.

Os autores reforçam que o sucesso da recuperação do manguito rotador não depende apenas da cicatrização e do fortalecimento muscular, mas também do recondicionamento emocional e cognitivo do paciente. Estratégias como educação em dor, acompanhamento psicológico, exposição gradual ao movimento e exercícios funcionais com foco em confiança devem ser incorporadas aos protocolos de fisioterapia pós-operatória.

O estudo conclui que avaliar e tratar a cinesiofobia deve ser parte integrante da reabilitação de ombro, pois o medo pode limitar tanto o retorno esportivo quanto a recuperação funcional plena.

Na prática clínica, a CineticsPhysio reconhece a importância dessa abordagem integrada, que une o trabalho físico e o emocional. Por meio de um acompanhamento próximo, com foco em fortalecimento progressivo, segurança no movimento e reconstrução da confiança do paciente, a equipe busca não apenas restaurar o ombro operado, mas devolver ao indivíduo sua autonomia, desempenho e qualidade de vida

 

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