Para quem convive com artrose no joelho ou quadril, manter-se ativo não é só recomendado — é essencial! Um estudo recente comparou dois tipos de intervenção para ajudar pacientes a se manterem fisicamente ativos por mais tempo. Foram avaliados 141 participantes, entre 40 e 74 anos, todos com artrose confirmada e que faziam menos de 150 minutos de atividade física por semana.
Os dois grupos testados foram:
✅ Grupo aconselhamento — receberam uma sessão única de 1 hora com orientações personalizadas e metas claras sobre atividade física.
✅ Grupo prescrição formal — receberam a mesma sessão inicial, mas também uma prescrição escrita de exercícios, formulários para acompanhar as atividades e quatro sessões de acompanhamento ao longo de 6 meses.
As atividades sugeridas incluíam caminhadas, pedaladas, exercícios para fortalecer músculos no dia a dia (como levantar de uma cadeira usando as pernas) e pequenas mudanças comportamentais.
Quais foram os resultados?
Após 24 meses, ambos os grupos apresentaram:
🔹 Aumento na atividade física autorrelatada (tempo semanal dedicado a atividades moderadas ou vigorosas);
🔹 Melhorias em testes físicos, como caminhar por 6 minutos, levantar de uma cadeira várias vezes e subir degraus;
🔹 Redução da dor e melhora na qualidade de vida.
Curiosamente, os pesquisadores não encontraram diferenças significativas entre os dois tipos de intervenção. Mesmo o grupo que só recebeu aconselhamento (sem prescrição formal nem acompanhamentos extras) conseguiu manter os benefícios a longo prazo.
Por que isso importa?
O estudo sugere que intervenções simples, baseadas em orientação personalizada e metas bem definidas, podem ser tão eficazes quanto programas mais complexos. Outro ponto interessante foi a diferença entre os dados autorrelatados (o que os pacientes dizem fazer) e os dados medidos por aparelhos (como pedômetros e acelerômetros). Os relatos mostravam aumento da atividade, enquanto os aparelhos não detectaram tanta mudança. Isso nos lembra que pequenas atividades do dia a dia (como levantar da cadeira ou subir escadas) podem fazer diferença, mas nem sempre são captadas por sensores.
O que aprendemos?
✔ Ouvir o paciente, entender suas preferências e definir metas reais são passos fundamentais.
✔ A adesão a exercícios pode melhorar a função física e reduzir dores, mesmo sem um programa formal.
✔ Pequenas mudanças e constância no dia a dia valem muito para quem tem artrose.
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“Follow-up of individualised physical activity on prescription and individualised advice in patients with hip or knee osteoarthritis: A randomised controlled trial”, publicado em 2024 na revista Clinical Rehabilitation