Prancha e dor lombar: o que realmente importa para a saúde da coluna

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Prancha e dor lombar: o que realmente importa para a saúde da coluna

Prancha e dor lombar: o que realmente importa para a saúde da coluna

Publicado em 2025 na revista Journal of Clinical Medicine, o estudo “The Core of the Issue: Plank Performance and Pain in the Lower Back” investigou a relação entre o desempenho no exercício prancha (plank) e a presença de dor lombar. A pesquisa, conduzida por fisioterapeutas da Daemen University (EUA), traz resultados que desafiam algumas crenças populares sobre o fortalecimento do “core”.

 

O que o estudo avaliou

Os pesquisadores analisaram 117 adultos entre 20 e 61 anos — alguns com dor lombar e outros sem. Todos realizaram o teste de resistência na prancha, e parte dos participantes também fez o teste de ponte unilateral, que avalia a força e resistência da cadeia posterior (glúteos e posteriores de coxa).

Além dos testes físicos, os participantes responderam ao Índice de Incapacidade de Oswestry, um questionário que mede o quanto a dor nas costas interfere nas atividades do dia a dia.

 

Principais descobertas

Surpreendentemente, o estudo revelou que as pessoas com dor lombar conseguiram sustentar a prancha por mais tempo do que aquelas sem dor. Isso indica que ter mais resistência na prancha não significa, necessariamente, ter uma coluna mais saudável.

Outro achado importante foi que indivíduos com melhor equilíbrio entre a força da cadeia posterior e anterior — ou seja, entre músculos das costas e do abdômen — apresentaram menor grau de incapacidade causada pela dor lombar.

Em outras palavras, um core equilibrado é mais importante do que um core apenas forte na frente.

 

O que isso significa na prática

Os resultados mostram que focar apenas em exercícios como a prancha pode não ser suficiente para prevenir ou tratar a dor lombar. O estudo sugere que o mais importante é trabalhar a coordenação e o equilíbrio entre os músculos abdominais e os da região posterior, especialmente glúteos e eretores da coluna.

Os autores reforçam que o desempenho na prancha, isoladamente, não reflete o controle motor e a estabilidade da coluna durante os movimentos do dia a dia.
Assim, programas de reabilitação devem incluir exercícios dinâmicos e integrados, como ponte unilateral, bird-dog e hip thrust, que envolvem tanto o abdômen quanto a cadeia posterior.

 

Conclusão

O estudo de Eimiller e colaboradores (2025) destaca que a prevenção e o tratamento da dor lombar devem ir além da força abdominal.
Mais do que segurar a prancha por longos minutos, o essencial é fortalecer e coordenar todo o tronco, promovendo equilíbrio entre frente e costas.

Na prática clínica, isso reforça a importância de um treino funcional e personalizado, conduzido por fisioterapeutas capacitados — como os da CineticsPhysio —, que avaliam não só a resistência muscular, mas também o padrão de movimento e a estabilidade global do corpo.

 

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